
TEATRO ETILICO
Aparentemente algo tão engraçado como ouvir uma piada sobre um bêbado é quase inocente. Eu disse quase, porque todo o dia assiste-se a esse tipo de gente atropelando e matando pessoas no transito das grandes cidades Brasileiras. Temos na verdade dois padrões, um para brincadeira e outro para chorar. Na realidade, é a mesma coisa apresentar um quadro de um homem embriagado pelo álcool etílico na TV, ou mostrar as conseqüências fatais desse comportamento irresponsável no cotidiano das nossas vidas. O mesmo canal que flagra um bêbado sendo interrogado pelo delegado, e que mal consegue se sustentar em pé, é também o canal que nos faz rir com espetáculos ridículos de bebums atirados na sarjeta, maltrapilhos que imploram pela nossa atenção e companhia, para serem paparicados pelo publico como bebezinhos malcriados. “Eu bebo porque minha mulher me abandonou”, diz um, e “Eu apago minha dor com uma garrafa de aguardente”, diz outro. Já reparou na rodoviária de Porto Alegre, quando 3 ou 4 bêbados ficam juntos? Eles se merecem, se atraem como imas de pólos opostos, e andam sempre unidos como carne ao osso, para apresentar seu show de miséria humana. São empresários cachaceiros do teatro etílico da vida real, que querem aparecer e receber um elogio do publico que os observa e, às vezes, aplaude para eles. É o palco da vida que quer mostrar a dura realidade de um fracasso total. Eles não têm capacidade de chorar, e ficam coladinhos aguardando o momento quando o show deve ir ao ar.
Contudo, poderosas emissoras de TV, divulgam cenas similares nos seus shows de “entretenimento”, para que o povo, como cidadãos Romanos, possa ir ao circo dos miseráveis, para divertir-se, e comer o pão diário da exaltação e apologia à bebedeira, e ao mau exemplo.
Como podemos exigir que os nossos jovens se comportem então como homens de caráter? Se por um lado, mostra-se uma moeda com mascara teatral rindo e divertida, e por outro, exigimos um comportamento serio, respeitoso no volante.
Não funciona assim. Parem de tratar o assunto como uma diversão e verão como tudo vai mudar.
Escrito pelo Prof. Jack Martinez,
Cidadão Argentino, Professor dos Idiomas Inglês e Espanhol para Comercio Exterior, Ciência e Tecnologia, Especialista em Economia para Negócios pela Cornell University, New York, EUA. Certificado de Proficiência em Inglês pela Cambridge University, Inglaterra.
Aparentemente algo tão engraçado como ouvir uma piada sobre um bêbado é quase inocente. Eu disse quase, porque todo o dia assiste-se a esse tipo de gente atropelando e matando pessoas no transito das grandes cidades Brasileiras. Temos na verdade dois padrões, um para brincadeira e outro para chorar. Na realidade, é a mesma coisa apresentar um quadro de um homem embriagado pelo álcool etílico na TV, ou mostrar as conseqüências fatais desse comportamento irresponsável no cotidiano das nossas vidas. O mesmo canal que flagra um bêbado sendo interrogado pelo delegado, e que mal consegue se sustentar em pé, é também o canal que nos faz rir com espetáculos ridículos de bebums atirados na sarjeta, maltrapilhos que imploram pela nossa atenção e companhia, para serem paparicados pelo publico como bebezinhos malcriados. “Eu bebo porque minha mulher me abandonou”, diz um, e “Eu apago minha dor com uma garrafa de aguardente”, diz outro. Já reparou na rodoviária de Porto Alegre, quando 3 ou 4 bêbados ficam juntos? Eles se merecem, se atraem como imas de pólos opostos, e andam sempre unidos como carne ao osso, para apresentar seu show de miséria humana. São empresários cachaceiros do teatro etílico da vida real, que querem aparecer e receber um elogio do publico que os observa e, às vezes, aplaude para eles. É o palco da vida que quer mostrar a dura realidade de um fracasso total. Eles não têm capacidade de chorar, e ficam coladinhos aguardando o momento quando o show deve ir ao ar.
Contudo, poderosas emissoras de TV, divulgam cenas similares nos seus shows de “entretenimento”, para que o povo, como cidadãos Romanos, possa ir ao circo dos miseráveis, para divertir-se, e comer o pão diário da exaltação e apologia à bebedeira, e ao mau exemplo.
Como podemos exigir que os nossos jovens se comportem então como homens de caráter? Se por um lado, mostra-se uma moeda com mascara teatral rindo e divertida, e por outro, exigimos um comportamento serio, respeitoso no volante.
Não funciona assim. Parem de tratar o assunto como uma diversão e verão como tudo vai mudar.
Escrito pelo Prof. Jack Martinez,
Cidadão Argentino, Professor dos Idiomas Inglês e Espanhol para Comercio Exterior, Ciência e Tecnologia, Especialista em Economia para Negócios pela Cornell University, New York, EUA. Certificado de Proficiência em Inglês pela Cambridge University, Inglaterra.
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